quarta-feira, 30 de julho de 2008

Um brinde! Ao jantar!

Indo jantar, percebi como é fácil gostar de alguém.

É tão fácil quanto parar de gostar subitamente. O coração é rápido e intenso, não importa a pessoa! Estamos tão acostumados com pessoas que escondem esse coração que, quando uma que mostra aparece, nos surpreendemos!

Opa, chegamos, vamos pedir o que?

Pensando no que escolher do cardápio, enxerguei que quem segura esse sentimento repentino de fome dentro da gente é a razão. Coração acelera, Razão freia. Isso! E essa última pondera, escolhe, seleciona, organiza em hierarquia, te mostra a melhor opção, e só daí a gente sabe o que quer escolher... gosto dessa aqui ó! Quero essa!

E a espera deixa a gente com fome!

Aí que entram as dúvidas sobre ter escolhido o prato certo: Isso demora demais!
Ou: Que rápido!
O que importa mesmo é que a refeição vai chegar, ou simplesmente vão te dizer que acabou aquele tal tipo de salada... A espera se torna mais importante do que o próprio objeto de consumo... a fome é grande demais!

Êba! Chegou! Hmmmm que cheiro delicioso! E que sabor!

Deliciando cada mordida a coisa fica toda boa! E aí num tem mais razão nenhuma na história... Ô delícia! Pura sensação! Bom, pra falar a verdade tem sim razão... mas é que ela concorda com a sensação tão boa e se permite gozar do momento... Ela aproveita esse “sim” dado por ela mesma e adora! Pensar pra comer? Imagina isso, pra quê? Ok, pra sair da mesa com a filosofia oriental de ainda ter 30% da fome... Mas vai saciar toda aquela vontade sim, aos poucos, tranqüila, em prestações que nunca vão satisfazer mais que 70%.

Puxa, satisfeito!! A conta, por favor?

E limpando a boca vi que o importante não era esperar com fome, ou matar a fome.
E que também não era escolher bem o prato, ou saber quando parar de comer.
Realizei que o importante é ter nesses momentos, um coração que acelera e uma razão que freia. Em pesos iguais. Humanamente equivalentes. Um ballet de branco e preto, à la Ying-Yang, dançando como quem não treina faz algum tempo, fluindo com o corpo, e raciocinando o equilíbrio.

Pagamos a conta, e fomos embora.

2 comentários:

Ilana Kenne disse...

"Coração acelera, razão freia"

Perfeito!

Renata Magalhães disse...

Quero post novo! Cadê?
heheheh... Vou fazer uma campanha apelando a vc e ao Max por post novo!!

Bj!