domingo, 24 de abril de 2011

Pro fissão

Hoje eu bebi por voce! Brindei comigo mesmo sem achar teu copo, pelo procurado ser o meu próprio. Bebi em dobro por nós dois, e a embriaguez nem de só um me alcançou. Estou além disso, não é suficiente beber.

Sóbrio. Só, e o breu da noite de novo na sala e quarto, e cozinha(!).

Jurei tentar não sentir tua presença na falta que sinto, já tão cedo, ao adentrar minha casa. E adivinha? Nada. O nada me tomou por dentro como se quem entrasse em casa não fosse eu e sim meu vazio, meu não-eu.

Explodi em milhões de fragmentos ansiosos na minha vontade frustrada de te ver em algum lugar, fosse à minha frente, ao meu lado, ou atrás puxada pela mão que não abriu a porta. Me recompus ao primeiro passo de feliz esperança por saber que por um dia te conheci, por outro te tentei e, por mais um, conversei.

É isso, que da luz se tem a sombra e do vinho a sobriedade, do vento a calmaria e do desejo a abstinencia. É a falta, ainda presente, da permanencia constante por entre esses fragmentos religados que tenho como motivo para dizer:

O hoje, está. No ontem, estou. Amanhã, estarei?

É na incerteza das esperanças ingênuas que mora a frustração.
Mas, o que posso fazer se com a mão-na-massa me sinto assim tão ingênuo, sincero, e esperançoso? Deixar isso tudo de lado? Ok, minha razão diz que sim, mas outra parte... me impulsiona a gritar que não. E isso ainda sorrindo!
Não posso evitar meu momento de dizer: venha logo para minha vida!

Ansiosa, esperançosa, e ingenuamente, nos dois sentidos do pretexto,
Vitor

Um comentário:

Rubia disse...

Nossa... isso foi lindo. Beijo