terça-feira, 19 de abril de 2011

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O cursor fica aqui piscando, piscando, piscando... pacientemente aguardando minhas idéias, faminto por letras e palavras e na verdade o que consigo pensar é, e nada diferente, no som do vento que atravessa a janela ao meu lado. Na luz do luar que invade as frestas trêmulas da cortina e percorre as superfícies ao redor...

E aqui dentro, em algum lugar, eu revivo aquele toque do rosto aos lábios(ou seria dos lábios ao rosto?). Aquela surpresa imensa que cobre e recobre, e redescobre a superfície arrepiada de pele em mim que, com um medo tranquilo e excitante, surge sem pudor, arrependimento, ou forçada rebeldia.

E mais algumas vezes o cursor pisca... ... ... ... ... ... ...

Então me recordo da descoberta daquele tom áspero e muito sincero, cortante, agudo das palavras tão decididas em bastar com toda e qualquer declarada intenção.

Não, na verdade não foram assim, foram contrariamente deliciosas de se ouvir...

E mais outras algumas vezes o cursor pisca... ...

Pois que assim fique a fome do cursor que por tanto espera e por pouco se basta!

Um comentário:

TutoriaisXFilmes disse...

As vezes enquanto o cursor pisca, esperando para que escreva algumas palavras e estas palavras talvez fassam sentido, me lembro de todas as coisas que um garoto me disse, já tentei, inutilmente escrever o que sinto e enquanto tento em vão, expressar meus sentimentos em palavras, o cursor pisca continuamente...