terça-feira, 4 de setembro de 2012

Passo marcado

Na escuridão de meus pensamentos serpenteia uma lembrança de uma noite fria, azul e impalpável. Como se fosse uma névoa preenchida com murmúrios gelados de uma palavra ríspida, sigilosa.
Noite seguinte ao crepitar das velas que apaguei após um vinho degustar só para ponderar sem emoção o que tanto necessitava discernir. Dividir as coisas entre cabeça e coração, taça e vinho, pavio e vela, faísca e cinza.
Não entendo essa necessidade sua do distante.
Não entendo essa forma estranha de passar.
Não quero entender como pode ser tão independente de mim, tempo.

Um comentário:

Rubia disse...

Puxa... voltaste com tudo... belo.
Beijo