terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

"Para minha Julieta:

Em solidão mais profunda, encontras a ti mesma, completamente encaixada à multidão de pessoas de cabresto n'alma, fitando o céu, sonhando a terra.
Olhas a estrela que mais chama tua vaga atenção, por o brilho ser maior e porque não gostas de gostar do que gostam, e olhas àquela outra que possui um cintilar de rubro diferente. Surpreende a ti saberes que muita gente isso o faz, e que nem mesmo com a gente infinita há tamanha quantia a tantas estrelas.
Haverá sempre uma estrela para cada um dos teus olhares. Cada maneira de olhar será preenchida. A característica mais realçada dos teus olhos, naquele primeiro momento em que saem do horizonte e percorrem todo o trajeto até encontrar a luz certeira, será guardada na mente pelo coração, com sua valsa, perfume e alegria que por ora desconhecidos pra nós o são.
Talvez se por conseguinte um dia, o dia for feito, este conhecer do um ao outro existirá como em história já se fez.
Até o sagrado instante em que tal guinada ocorrer, para um dos lados, árduos um ao outro, resta às virtudes a espera. Inquieta. Real. Perdida em algum vazio do céu.

Com Amor,
teu Romeu"

-Conto 03 Do livro "O Contador de Histórias"

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